OS LÍDERES NEGLIGENTES E OS NEGLIGENCIADORES
( Parte da Palestra em 11/06/2010 - Encontro de Líderes Infantis -
Igreja AD Sede /Curitiba)
Quando reconhecemos que temos uma chamada, não podemos ser Negligentes nem Negligenciadores naquilo que estamos realizando.
Os Líderes negligenciadores são os que negligenciam o valor e a obra do Espírito Santo. Estes elevam os métodos humanos acima da criatividade de Deus. Para estes, bastam apenas métodos e criatividade para fazer um trabalho de caráter infantil. Não percebem que somente o Espírito Santo está relacionado na grande obra de redenção e só Ele pode cumprir as metas espirituais da nossa chamada.
Geralmente muitos dos negligenciadores são muito empenhados, são organizados , tem objetivos muito bem definidos, conhecem todos programas e projetos educacionais seculares. Porém são tão auto-suficientes que se esquecem de que precisam, além da capacitação profissional, de uma capacitação espiritual. Negligenciam a fonte de onde emana todo o poder espiritual do crente. Esquecem que se ministrarmos dependendo sempre do Espírito Santo, haverá organização, criatividade , sabedoria e acima de tudo,poder.
Os Líderes negligentes são como o significado da própria palavra: relaxados, descuidados, despreocupados.Os negligentes pregam a teoria de que a educação é inimiga da espiritualidade;para eles estudar , ler, organizar, planejar ou se preparar com afinco, são atitudes que entram em conflito com o Espírito Santo. Por isso, deixam tudo para que o Espírito Santo cumpra e realize. Justificam seu despreparo com a famosa frase “Vou deixar que o Espírito Santo faça por mim”. E acabam não se esforçando, não fazendo nada. Quando a situação fica difícil, recorrem ao emocionalismo, e o resultado é quase sempre zero. Muitos dos negligentes abandonam o barco antes de chegar ao porto, entregam o cargo ao dirigente da igreja e dizem : essas crianças não querem nada com Deus. Mas continuam afirmando que tem uma chamada,mas que o tempo acabou, e precisam desenvolver outro ministério, ou atuar em outro departamento.
Os negligentes estão sempre despreparados, sempre tem desculpas para tudo, são preguiçosos para a leitura bíblica, ignoram o mínimo de conhecimento que seus alunos tem, culpam as próprias crianças pelo fracasso de sua liderança. Não tem coragem de enfrentar os desafios. Outros mais despreocupados jogam a culpa para as famílias, e dizem “Lavo as mãos do que pode vir acontecer”. Resultado: Perdem-se almas. Impedem que os pequeninos se aproximem de Jesus. Os negligentes esquecem que todos devemos prestar conta de nosso trabalho perante Deus e que deve haver fidelidade na forma como executamos nosso trabalho para Deus.
“Quem é negligente, já é irmão do desperdiçador”. Provérbios 18.9
Maldito aquele que fizer a obra do Senhor despreocupadamente. Jeremias 48.10
EVITANDO OS EXTREMISMOS
Então qual é a medida para evitarmos esses dois problemas?
Ensinar a Bíblia, num contexto cristão cujos princípios são as verdades divinas, é um processo divino e humano. É divino porque seus conteúdos são divinos, espirituais; é humano porque somos nós que devemos propagar essas verdades espirituais a outros humanos.
Dessa forma, devemos confiar plenamente na atuação do Espírito Santo enquanto nos preparamos, ensinamos e transmitimos as verdades sagradas. Mas também é nosso dever fazer com cuidado e dedicação aquilo que a nós foi confiado. “ Maldito aquele que faz a obra do senhor relaxadamente”.
Entendemos assim, que depender do Espírito Santo no ensino, não significa deixar tudo por conta do Espírito Santo e nos descuidarmos dos processos pedagógicos , mas diariamente pedir que Ele nos capacite, que Ele nos conceda sabedoria, que antes de ensinarmos a alguém, que Ele nos ensine , que Ele nos guie em toda verdade.
É dessa capacitação que precisamos ao aplicarmos nossas técnicas e métodos. Se estivermos afinados com o Espírito Santo certamente buscaremos os melhores recursos para o ensino e aprendizagem de nossos alunos. Se formos negligentes estamos negando a possibilidade do Senhor nos usar em suas mãos.
Se temos uma chamada interna do Espírito Santo, devemos nos consagrar e também nos dedicarmos a fim de desenvolvermos o crescimento daqueles que estão sob nossos cuidados: As crianças.
“O crescimento do Reino e a expansão da igreja são obras de Deus efetuadas por meio do poder do Espírito Santo. Deus utiliza pessoas comuns e sobre elas derrama o seu Espírito, e elas realizam coisas maravilhosas.” Dood, Brian.
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